Na madrugada do dia 19 de janeiro, próximo ao Casarão do Firmino, na Lapa, uma cena lamentável marcou a vida de três mulheres, uma delas cisgênero e duas trans, que foram alvo de agressões físicas e verbais. As investigações apontam para a segurança da casa de samba como parte dos agressores, e até o momento, três crimes estão sendo considerados: lesão corporal por preconceito, roubo e lesão corporal.
Em entrevista exclusiva ao DIA, o delegado Bruno Ciniello, titular da 5ª DP (Mem de Sá), revelou que já existem elementos que configuram a lesão por preconceito, especificamente transfobia. Uma das vítimas, uma mulher trans, teve o nariz quebrado devido à brutalidade dos ataques.
Desde o início, o caso foi tratado com seriedade, e medidas tomadas para garantir justiça. O reconhecimento legal da homotransfobia como forma de injúria racial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2023, fortaleceu a abordagem contra a intolerância.
Nesta semana, oito seguranças que estavam presentes no local na noite do incidente foram à 5ª DP para prestar depoimento. O motorista do aplicativo, que também foi agredido, terá um novo depoimento na próxima semana.
O advogado Fernando Matos Júnior, representante das seguranças como testemunhas, destacou o compromisso de todos em cooperar com as investigações. Durante os depoimentos, as autoridades procuram identificar suspeitos nas imagens obtidas pela investigação.
O Casarão do Firmino, por meio de uma nota oficial, expressou solidariedade às vítimas e anunciou medidas concretas para garantir a segurança do público, incluindo o afastamento preventivo das seguranças envolvidas nos acontecimentos e o aprimoramento dos critérios de seleção e treinamento da equipe.
Diante dessa situação lamentável, é necessário promover mudanças significativas para evitar que episódios como esse se repitam. O Casarão do Firmino permanecerá fechado neste fim de semana, priorizando a implementação de um ambiente acolhedor, inclusivo e seguro para todos.
Juntos, devemos continuar lutando contra a intolerância em todas as suas formas, defendendo o direito de todos serem respeitados e protegidos.
Fonte: O DIA
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