Jenifer foi achada sem vida na casa onde vivia com o namorado, com um tiro no peito
A jovem Jenifer Carvalho Paes, 19 anos, foi descoberta sem vida na segunda-feira, 28, na Rocinha, Rio de Janeiro, por familiares, conforme informações do Portal Terra. A família atribui o crime ao namorado da jovem, e a Polícia Civil está investigando o caso. Após o ocorrido, o rapaz teria telefonado para a mãe da vítima, pedindo que buscasse a filha, que estava morta.
Jenifer foi encontrada na cama da residência em que vivia com o namorado, com um tiro no peito. As autoridades estão averiguando a possibilidade de feminicídio, uma suspeita compartilhada pela família. Paralelamente, estão sendo conduzidas diligências para identificar o responsável pelos disparos.
Em uma entrevista à TV Globo, a avó de Jenifer, Thania Leandro Paes, relatou que o homem ligou para a mãe da jovem após cometer o ato, dizendo: “Vai buscar tua filha, que ela tá morta.”
“Ela era uma menina bonita, trabalhadora, estudiosa. Eu criei ela até os 12 anos. Ele espancava ela, batia nela, mas a gente não sabia de nada! A última vez que ela falou com o pai foi para pedir dinheiro dizendo que estava passando fome”, contou a avó Thania.
Amigos e familiares revelaram que Jenifer estava em cárcere privado, e essa situação só veio à tona quando uma amiga dela desconfiou de seu desaparecimento. “Ele deixava ela trancada, mantinha em cárcere privado, sem celular, sem uma televisão, sem geladeira, sem contato. Ele deixava ela com fome. Ela anotava tudo que ela passava em um caderno, era só isso que ela tinha. Foi a amiga dela que ajudou a gente a encontrar onde estava o corpo, ela que achou. Ela não tinha a liberdade de conversar com ninguém. Uma vez ela contou para o pai que ele [o namorado] tinha batido nela, e ela estava com a cabeça machucada. Todos dissemos que ela podia voltar para a nossa casa, ficar com a gente”, relatou a avó durante o enterro da neta.
Thania também mencionou que o suspeito tentou alegar que Jenifer havia tirado a própria vida. No entanto, essa hipótese foi desmentida pelo Instituto Médico Legal (IML), que encontrou pele sob as unhas de Jenifer, indicando que houve uma luta corporal.
A avó expressou sua profunda tristeza e clamou por justiça. O corpo de Jenifer foi sepultado no Cemitério Inhaúma na tarde desta terça-feira, 29, sob grande comoção de familiares e amigos.
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, conforme informações do comando da UPP Rocinha, o setor de inteligência da unidade recebeu informações sobre uma ocorrência de homicídio no interior da comunidade na tarde de terça-feira, 29. A nota ressalta que não houve solicitação aos agentes da Unidade de Polícia Pacificadora e que a ocorrência ficou sob responsabilidade da 11ª DP.
A 11ª DP (Rocinha) informou que o namorado da vítima foi interrogado e submetido ao exame residuográfico. A Polícia Civil declarou ao Terra que “os agentes aguardam o resultado dos laudos e realizam diligências para esclarecer todos os fatos. A unidade ressalta que não descarta nenhuma linha de investigação”.
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